" Ide por todo o mundo e pregai o evangelho
Marcos 16:15
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09 de Outubro Sexta-feira
Critério para julgar
Não julgueis, para que não sejais julgados. Mateus 7:1
Como seria possível alguém viver em comunidade, mesmo na igreja, sem que pudesse exercer julgamento? Diariamente, somos informados de situações nas quais pessoas são denunciadas, acusadas e condenadas por atitudes incorretas, o que requer julgamento por parte de autoridades constituídas para esse fim. Acaso as cortes judiciárias não poderiam sentenciar criminosos? No contexto da comunidade de fé, diante da necessidade de se pronunciar sobre o comportamento pecaminoso de alguém, os líderes religiosos deveriam permanecer omissos? Não deveríamos desenvolver discernimento para distinguir o bem e o mal?
A neutralidade assumida diante de erros é sempre o caminho mais fácil e cômodo para muitas pessoas. Seria o correto? No caso de podermos julgar, quais as bases em que o julgamento deve ser feito? O próprio Jesus estabeleceu o critério da justiça como alicerce para julgamento de pessoas (Jo 7:24). Também deixou claro que os frutos de uma vida revelam a legitimidade espiritual dela (Mt 7:16).
A grande questão envolvida no ensinamento de Cristo, em nosso verso de hoje, diz respeito ao julgamento leviano, malicioso, precipitado, desumano, hipócrita, contraditório e desprovido de justiça. Ele pode nascer do próprio desejo por “novidades” relacionadas com a vida alheia. Também pode ser fruto do desejo de exaltação própria. Esse foi o caso dos fariseus que não perdiam chance de chamar atenção para a própria bondade exteriormente demonstrada. Há ainda a velada intenção de justificar as próprias faltas.
Ao exercer julgamento, precisamos da graça divina a fim de não fazê-lo, primeiramente, com base nas aparências. Em segundo lugar, não devemos julgar pelos critérios da má vontade para com o próximo ou pela tendência de ressaltar os erros dele minimizando os nossos. O amor é o critério maior para todas as coisas. Ele nos leva a calçar os sapatos de nosso semelhante e entender, de sua perspectiva, tudo quanto o afeta. Na encarnação, Cristo Se tornou humano para nos entender, compreender e julgar com justiça e misericórdia. Ninguém que não tenha mergulhado na graça divina está habilitado a compreender seu irmão, muito menos a julgá-lo. Demonstrar em atitudes práticas mais amor, simpatia, paciência e sincero interesse pelo bem-estar dos semelhantes é marca do cristão. A deposição da própria vida na cruz representou o ápice desse caminho trilhado por nosso Mestre Jesus Cristo.